Brasil caminha para o Top 10 das Maiores Economias do Mundo em 2023, aponta FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) antecipa um posicionamento significativo do Brasil, projetando o país como a 9ª maior economia global ao fechar o ano de 2023. Este avanço representa um retorno aguardado à lista das principais nações econômicas, algo não alcançado desde 2019.
Segundo o relatório mais recente do World Economic Outlook, o crescimento surpreendente do Brasil ao longo deste ano é atribuído a uma série de fatores. Desde a valorização da moeda nacional até os resultados positivos em diversos setores da economia, esses elementos contribuíram para o avanço. Esse progresso também exerceu uma influência benéfica nas expectativas para a América Latina e o Caribe.
A projeção do FMI indica uma taxa de crescimento para a região menor do que a registrada em 2022 – de 4,1% para 2,3% em 2023. No entanto, houve uma revisão otimista em relação ao relatório anterior, publicado em julho, com um acréscimo de 0,4 ponto percentual.
De acordo com o FMI, a revisão positiva para 2023 reflete um desempenho econômico do Brasil mais robusto do que o esperado, impulsionado pelo setor agrícola em ascensão e serviços resilientes no primeiro semestre. O consumo também se manteve forte, apoiado por estímulos fiscais.
Além disso, o FMI destacou melhorias na economia do México, com a recuperação pós-pandemia ganhando força na construção e nos serviços, além dos efeitos positivos da demanda dos Estados Unidos.
Segundo a entidade, a redução do crescimento na América Latina e no Caribe entre 2022 e 2023 reflete uma normalização, políticas mais restritivas e um ambiente externo desfavorável, incluindo a baixa nos preços das commodities.
Quanto ao Brasil, o FMI prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,1% em 2023, atingindo US$ 2,127 trilhões. Essa revisão para cima é significativa, já que as expectativas anteriores divulgadas em abril indicavam um crescimento de 0,9%, o que representaria US$ 2,081 trilhões. Este aumento coloca o Brasil como a sexta maior elevação entre mais de 190 países monitorados pelo FMI.
Se o ritmo previsto for mantido, o Brasil ultrapassará o Canadá na lista das maiores atividades econômicas do mundo. O câmbio também é um fator relevante, visto que as previsões para o dólar em relação ao real tiveram uma revisão para baixo, passando de R$ 5,13 em abril para R$ 4,99, mesmo diante de turbulências no cenário externo.