O acúmulo de containers no Porto de Santos.

As novas dinâmicas nas rotas de exportação dentro do setor portuário nacional preocupam a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Desde Maio/22, o órgão confirmou o acúmulo de navios com cargas nos portos nacionais e alertou o cenário atual do Porto de Santos, que está sendo o principal alvo nas mudanças das rotas de exportação devido a sua infraestrutura eficiente.

A informação é da diretora da Antaq, Flávia Takafashi, que explicou que os atrasos nas rotas de embarque para exportação no Brasil são hoje o maior problema para a movimentação internacional de mercadorias por via marítima dentro do país. Flávia destacou ainda que a situação reflete diretamente no cancelamento de operações, mudanças de rotas e uma série de atrasos nas operações de exportação. Com isso, a situação atual dos portos brasileiros tem preocupado o órgão com sua capacidade de atender a essa demanda. Um ponto importante no atual cenário de transporte de cargas destacado por Flávia é o aumento significativo das omissões de tamanho dentro dos portos. Essa foi uma forma de resolver problemas logísticos, mas acabou superlotando os navios que aguardavam essas licitações sem a data prevista de conclusão. Com isso, vários portos com alta capacidade de carga foram afetados, sendo o principal deles o Porto de Santos.

O porto de Santos é um dos maiores do Brasil em capacidade de movimentação e, à medida que as rotas de exportação mudam, muitos navios acabam indo para o complexo para evitar a situação. Então, Flavia disse: “Hoje, quando se trata de Santos, podemos dizer que também foi afetado pelo aumento do número de omissões e atrasos [de navios]. Mas o complexo portuário como um todo, e não terminais específicos, tende a receber um grande volume, com menos opções deixadas de fora”.

Por fim, o chefe da Antaq disse que a agência está acumulando os dados necessários para atuar sobre os grandes problemas do setor portuário do país e que em breve serão tomadas medidas contra os gargalos nas exportações.

Leia também: Profissionais buscam equilíbrio entre trabalho e vida pessoal